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sábado, 5 de setembro de 2009

Com a sombra do 'monstro' Love, Guilherme busca recomeço na Europa


Foram sete meses praticamente perdidos na Ucrânia. Apesar de oito gols em sete jogos, Guilherme não caiu nas graças dos treinadores do Dínamo de Kiev, ficou mais no banco do que em campo e ainda atuava como meia, quando queria ser atacante. A ida para o CSKA é um recomeço na tentativa de brilhar na Europa após deixar o Cruzeiro. Para isso, vai ter que vencer uma sombra: a de Vagner Love, ídolo dos russos que voltou ao Palmeiras após cinco anos em Moscou. - Ele tem um moral monstruoso aqui. É cheio de fotos dele pelo clube, com as taças que ajudou o CSKA a conquistar. De início, sou visto como um substituto dele. Mas aos poucos quero deixar isso de lado e tentar me firmar. O Vagner é o Vagner e o Guilherme é o Guilherme. Não tem como comparar. Ele já tem uma boa história construída e eu estou começando agora – disse o ex-cruzeirense, por telefone, ao GLOBOESPORTE.COM. Guilherme chegou ao CSKA na última terça-feira. Foi contratado apenas após a saída de Love, emprestado ao Palmeiras. Ainda nem conheceu o técnico Zico, que passou a última semana no Brasil, de folga. Mas a presença do ídolo do Flamengo foi um fator determinante para aceitar a proposta russa. - Eu nem acredito que, tão novo, já poderei ser comandado pelo Zico. Tive muitos técnicos bons e que devo muito, com Dorival Junior, Adilson Batista, Paulo Autuori... Mas me sinto honrado de trabalhar com o Zico, pela história que ele tem no futebol. Pela vida profissional que ele teve, sei que vai poder me ensinar muitNa sexta, o atacante foi pego de surpresa com anotícia de que o Galinho poderá ser demitido pelo CSKA. No mesmo dia, havia treinado de manhã com Edu, auxiliar e irmão de Zico, e nada havia sido comentado no clube. Mais tarde, um porta-voz da equipe avisou que o treinador continuará e reclamou da imprensa do país. - Isso deve ter sido brincadeira de mau gosto – disse Guilherme ao saber das especulações sobre o futuro do ídolo. A passagem pela Ucrânia foi complicada. Envolvido na negociação que levou Kléber ao Cruzeiro, o atacante sofreu uma lesão logo após chegar ao Dínamo e depois de recuperado passou a ser pouco utilizado até o final da última temporada. Com a mudança de técnico, a situação não melhorou. Valeriy Gazzaev passou a escalá-lo como meia, o que irritou o brasileiro. Depois, aceitou colocá-lo no ataque, mas como reserva. Foi a gota d’água para Guilherme declarar publicamente que queria deixar o clube de Kiev. - Eu não cobrei tratamento de estrela, diferenciado, muito menos a titularidade. Cobrei oportunidade, o que não tive. São dois mundos diferentes: um você chega, joga, não se adapta e depois sai; o outro é o meu caso, que eu nem tive chance.o na minha carreira – afirmou Guilherme, de 20 anos.


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