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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Detento reencontra mãe após 27 anos em MG



Separado da mãe desde os 9 meses, Daniel Alves Gomes, hoje com 28 anos, ficou emocionado com o reencontro, em Belo Horizonte. Ele foi criado em um orfanato em Contagem (MG) e saiu por conta própria aos 13 anos.
A mãe, Osvaldina, teve dois filhos. No começo dos anos 80, enquanto ela se estabelecia no Rio de Janeiro, deixou os filhos com conhecidos. Daniel ficou com uma pessoa que cobrava uma quantia mensal para cuidar do menino. A filha mais velha ficou com uma tia.
“Tinha arranjado um bom emprego. Dois meses depois, quando voltei para buscar as crianças, encontrei a casa dessa mulher fechada e ninguém tinha notícias de seu paradeiro. Fui embora muito triste, apenas com a menina, mas pensando que talvez aquela senhora tivesse feito isso por amá-lo demais. Foi uma forma de me consolar”, desabafa Osvaldina.
Daniel diz não se lembrar da mulher que cuidou dele durante esses meses. Ele conta que todas as memórias de sua infância são do orfanato. “Saí de lá porque queria conhecer o mundo e encontrar minha mãe. Me sentia preso, só no mundo, sem rumo, sem nenhuma referência”, conta.
Ele está preso desde 2007 e teve a ajuda da assistente social Lilia de Souza Alves Nogueira, do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp-BH), para encontrar a mãe. Ele conheceu Lilia antes de ser transferido para o presídio de São Joaquim de Bicas II, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.


A história de Daniel me chamou atenção porque ele é uma pessoa extremamente simples, não tentou usar a história dele para me sensibilizar e conseguir alguma coisa. Eu nunca tinha feito algo parecido. Geralmente ajudamos os detentos a restabelecer vínculos com a família, que é parte fundamental para ressocialização”, relata ao G1 a assistente social, há três anos na profissão. Lilia explica que os presos ficam por volta de dois a três meses no Ceresp. Lá, eles passam por entrevista com psicólogos e são encaminhados para os assistentes sociais.
Osvaldina e a filha Adriana moram em Niterói (RJ). A irmã de Daniel não conseguiu acompanhar a mãe na viagem de reencontro, mas revelou ao G1 que matou a curiosidade através de fotos. “Ele é muito parecido comigo. Quando ele sair, a ideia é que ele venha morar com a gente no Rio. Acho que vai ser bom porque ele vai começar de novo, longe de possíveis más companhias”, conta Adriana.


A irmã ainda ressaltou que tentou encontrar Daniel através da internet, mas não teve sucesso. “Eu sempre soube de Daniel, minha mãe sempre contava a história dele, mas não sabia nem por onde começar a procurá-lo. Tentei em sites de relacionamento algumas vezes, mas não encontrei.”
O abraço entre mãe e filho foi longo. “Quero que ele sinta todo o meu amor de mãe. Te amo filho, como você é bonito”, repetia.

Daniel foi preso pela primeira vez em 2007, por furto e assalto à mão armada. Condenado a cinco anos e quatro meses em regime semiaberto, cumpriu dois anos e seis meses, recebendo o benefício do regime aberto. Meses depois, foi novamente detido com uma pequena quantidade de droga e condenado a oito meses.

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