DEL REY CALÇADOS CARATINGA

DEL REY CALÇADOS CARATINGA
DEL REY CALÇADOS RUA RAUL SOARES 40 EM CARATINGA TELEFONE 3321-1437

SUPER CABO TV CARATINGA

SUPER CABO TV CARATINGA
SUPER CABO TV CARATINGA 3322-7799

CANTOR ZHEN (CARATINGA)

CANTOR ZHEN (CARATINGA)
CANTOR ZHEN (CARATINGA)

sábado, 5 de setembro de 2009

Frieza choca mãe de empresário assassinado

Se Deus me desse o poder das fúrias eu aplacar seria a maior ventura a paz poder espalhar.” Assim começa um poema feito por Nelly Cópio Nepomuceno, de 86 anos, em homenagem ao sobrinho Gustavo Felício da Silva, de 39 anos, assassinado na tarde em 28 de agosto, com tiro na cabeça, pelo seu sócio na boate Pantai Lounge, no Bairro Cidade Jardim, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O acusado, Leonardo Cipriano, de 32, ocultou o cadáver por três dias dentro do próprio estabelecimento e ainda recebeu a família da vítima na noite do dia do crime, numa festa de aniversário. Na manhã dessa sexta-feira, a mãe de Gustavo, a comerciante Lylian Felício da Silva, de 60, abriu o seu coração, revelando ao Estado de Minas uma dor que somente uma mãe que perde um filho, de uma maneira trágica, pode sentir. “É uma dor que não se acaba”, disse. Segundo ela, Gustavo era alegre, extrovertido e fazia amizades com muita facilidade. “Ele confiava muito no ser humano e nunca passou pela sua cabeça que pudesse ser traído dessa maneira”, acrescentou Lylian, lembrando que o filho conhecia Leonardo há um ano, pois era empresário da banda que eles formaram. O grupo não ia bem e eles resolveram ser sócios na boate. Dona de uma loja no Bairro Estoril, na Região Oeste de BH, a mãe conta que, na sexta-feira do crime, saiu de casa cedo e não teve contato com o filho. “Ele estava dormindo e normalmente não o acordava. Ele trabalhava à noite e respeitava o seu descanso”, disse. No dia anterior, ela esteve rapidamente com ele à tarde. “Nossa rotina era um entra e sai meio desencontrado. Ele tinha todo um futuro pela frente. Estava cheio de projetos e entusiasmado com a boate”, disse a mãe. Lylian afirmou ter ficado surpresa quando soube que o sócio do filho havia confessado o crime, na quarta-feira, dois dias depois de o corpo ser encontrado. O sócio disse que havia comprado uma arma e ela disparou acidentalmente quando a mostrava a Gustavo, por volta das 15h. Mas, em vez de pedir socorro ou avisar a polícia, ele limpou o escritório, desceu com o corpo para o andar de baixo, o enrolou numa manta de isolamento acústico e passou fita adesiva. Depois, colocou o corpo num carrinho de mão, o cobriu com um papelão e escondeu atrás de uma lona, junto com materiais de construção. “A frieza dele nos chocou”, disse a mãe. EstranhezaLylian conta que no mesmo dia do crime sua família foi à boate à noite comemorar o aniversário de um sobrinho dela. O suspeito trabalhou normalmente, segundo ela, inclusive os questionando sobre o atraso de Gustavo, que não chegava para trabalhar. Na festa, segundo a mãe, a preocupação da família aumentava com o passar das horas e com a falta de notícias de Gustavo. “Começou uma estranheza. Ele jamais faltaria a esse compromisso com a casa e muito menos com a família, que adorava. Quando o sócio chegou, perguntei se Gustavo havia dado notícias e ele demonstrou surpresa, perguntando-me se ele tinha o hábito de se atrasar”, disse Lylian. “O que mais nos chocou foi saber que naquela sexta-feira a gente estava ali, na boate, e o sócio no caixa, atendendo, aparentemente tranquilo. Questionava-me sobre a ausência de Gustavo como se não soubesse de nada. E Gustavo ali, morto no andar de cima. É inacreditável uma situação dessa”, disse Lylian, chorando. A mãe conta que, nos três dias do sumiço de Gustavo, viveu uma angústia insuportável, mas sempre alimentando a esperança de reencontrá-lo com vida. Segundo ela, o sentimento da família é apenas de dor e não há espaço para revolta. “Tenho pena de Leonardo por ele ter estragado não somente a vida dele, mas também da família dele. Não adianta ter ódio, pagar violência com violência, pois isso é que gera o que o mundo é hoje, infelizmente”, disse a mãe. Gustavo era o filho mais velho, o único homem, e além dos pais deixou duas irmãs. ApuraçãoA delegada responsável pelo inquérito, Elenice Cristine Batista Ferreira, já ouviu mais de 20 pessoas que apura o crime. Ontem, ela analisava materiais recolhidos na boate, buscando outras provas sobre a motivação do crime: disputa financeira. O suspeito, segundo os pais da vítima, havia desviado parte de R$ 20 mil que havia recebido de patrocinadores. Depois de matar Gustavo, segundo a polícia, ele tentou simular um latrocínio, alegando que o sócio havia sacado R$ 7 mil na tarde de sexta-feira e possivelmente tinha sido vítima de roubo. Leonardo responde ao inquérito em liberdade e pode ser condenado por homicídio doloso, com intenção de matar, e ocultação de cadáver. A delegada suspeita que mais pessoas participaram do crime ou da ocultação do cadáver. Luciano alegou em seu depoimento que agiu sozinho e desceu uma escada carregando o corpo no carrinho de mão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário