Greve dos bancários continua

A greve foi determinada em uma assembleia realizada na noite de segunda feira (28/09), que reuniu cerca de 85 bancários. Após a votação, duas agências se mostraram a favor da greve e aderiram a paralisação: Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Os bancos Itaú, Bradesco, Real e agências privadas, continuam funcionando normalmente.
Na tarde de hoje (29-09) uma nova assembleia foi realizada e os bancários concordaram em permanecerem em greve. Uma notícia recebida no fim da reunião mostrou a força da paralisação. “A Fenaban – Federação Nacional dos Bancos – informou que vai realizar uma reunião no dia 1/10, às 15 horas. Isto mostra que a paralisação está dando bons resultados” – comemorou o presidente do Sindicato dos Bancários de Caratinga, Evandelci Rodrigues.
Mesmo com a reunião marcada para o dia primeiro, a greve continua e os bancários pretendem conseguir uma adesão ainda maior. Evandelci acredita que a partir de amanhã mais agências bancárias em outros municípios irão aderir à greve. Uma visita a Inhapim pela manhã, e uma movimentação junto à agencias bancárias particulares também estão programadas para somar força ao movimento. “Nós queremos que os funcionários das agências particulares parem pelo menos por uma hora, e somem força conosco” – explicou o presidente. Evandelci disse ainda que o objetivo da paralisação não é apenas pressionar pelo reajuste salarial de 12%, contra os 4,5% propostos, mas também lutar por melhorias nas condições de trabalho.
Se por um lado os bancários estão alcançando resultados, muitos usuários das agências ficaram revoltados. Esta manhã filas se formaram em frente as agências. Os clientes ficaram sabendo da paralisação através de um comunicado distribuído pelo Sindicato dos Bancários. Muitos permaneceram nas filas esperando uma resposta. João Lourenço, presidente da associação de moradores do Bairro Dr. Eduardo, que havia agendado a abertura de uma conta na Caixa Econômica Federal para esta terça-feira, ficou indignado ao saber da paralisação.
Apesar da revolta de clientes, o presidente do sindicato acredita que os benefícios reivindicados pelos bancários afetarão não apenas os funcionários, mas também os usuários que terão um melhor atendimento nas agências.