Praticamente um quarto dos 3.814 postos de combustíveis de Minas Gerais está enfrentando dificuldades de abastecimento. Desde a madrugada desta quinta-feira, centenas de caminhões-tanque, responsáveis pelo transporte para a revenda, estão parados na porta da BR Distribuidora localizada em Betim, na Grande BH, em um protesto por reajuste de 30% no valor do frete, pagamento de diárias por tempo parado, entre outras reivindicações.
Para os representantes do Sindicato dos Tanqueiros (Sinditanque) não há um pagamento justo do frete, o que dificulta a manutenção dos caminhões e, muitas vezes, acarreta acidentes.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Sérgio de Mattos, o grande problema agora está nas mãos dos revendedores, pois a Petrobras detém 24,4% do mercado mineiro de revenda de combustíveis e nessa situação a imagem dos postos sai desgastada.
Mattos garante que não haverá um desabastecimento generalizado já que outras bandeiras como Shell, Ale, Cosan e Ipiranga possuem centrais de distribuição própria. Em relação aos postos BR, os postos vão aguardar a negociação entre os transportadores e a BR Distribuidora.
A Petrobras garantiu em nota que as negociações estão em andamento. "A Petrobras Distribuidora informa que sua relação comercial é diretamente com as empresas transportadoras, que já foram acionadas com o objetivo de assegurar o atendimento aos clientes". A paralisação também está prejudicando as operações da Refinaria Gabriel Passos (Regap) que já apresenta pequenos atrasos na distribuição de alguns produtos, como asfalto, que é feita por caminhões. No início de agosto o Sindtanque paralisou mais de mil caminhões na porta das distribuidoras Ale e FIC também em Betim para reivindicar os mesmos benefícios, causando desabastecimento em, pelo menos, 120 postos mineiros.
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