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domingo, 17 de outubro de 2010

Acidente mata ao menos 11 perto de Carbonita, Norte de Minas

Um acidente grave envolvendo dois ônibus na noite desse sábado (16) matou 11 pessoas e deixou 21 passageiros feridos na MG-451, altura do KM 169, próximo ao município de Carbonita, região Norte do Estado. As vítimas são alunos e funcionários da Associação Pais e Amigos Excepcionais (Apae) de Ipatinga, no Vale do Aço, e estavam retornando dos Jogos do Interior de Minas (JIMI) em Montes Claros realizados neste final de semana.
De acordo com informações da Polícia Militar, o ônibus em que estavam os alunos com necessidades especiais seguia atrás do primeiro veículo, que transportava outros jovens participantes do JIMI. Uma falha nos freios, conforme o motorista afirmou à polícia, obrigou o condutor a tentar ultrapassar o ônibus da frente para cruzar a ponte do rio Araçuaí. “A ponte não comportava dois veículos. Então ele tentou ser o primeiro a passar, mas bateu no ônibus e caiu no rio”, afirmou o sargento Orlando Rodrigues da PM de Carbonita. Ninguém se feriu no outro veículo.
Entre os mortos estão alunos, professores e um enfermeiro da APAE Escola Especial José Alves de Assis. As vítimas foram encaminhadas ao Hospital São Vicente de Paula em Carbonita juntamente com os corpos. Segundo uma funcionária do hospital, 11 adolescentes e adultos com necessidades especiais estão internados na instituição de saúde. Oito alunos foram encaminhados para o Hospital Velho, em Itamarandiba e três estão no Hospital Nossa Senhora da Saúde, em Diamantina. A funcionária do hospital de Carbonita informou que alguns pacientes foram acomodados em colchões no chão das enfermarias por falta de vagas. O local conta apenas com 22 leitos.
Funcionários da APAE de Carbonita estão prestando auxílio às vítimas e tentando acalmar os alunos. A professora da APAE Jacilene Correia, 33 anos, disse que os jovens estão nervosos, chorando muito e agitados. De acordo com ela, a maioria tem deficiência mental e apenas um parente chegou ao local. “Viemos para conversar com eles, acalmá-los. Estão muito traumatizados e assustados”, disse a professora.

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