Uma reportagem exclusiva. Na manhã desta quinta-feira (20) a equipe de jornalismo do Super Canal vai até o Presídio de Caratinga saber como é o cotidiano dos presos. Como vivem, o que fazem no dia a dia.
Em dois anos de existência, é a primeira vez que uma equipe de jornalismo entra nas instalações do Presídio. O jornalismo do Super Canal foi recepcionado por Kercilene Silva, diretora de atendimento, ela está em substituição no cargo. Kercilene mostrou todas as extensões do presídio, lugares nunca mostrados antes.
O presídio de Caratinga mantém hoje 286 presidiários, dentre eles 75 estão trabalhando em atividades dentro do próprio presídio. Acompanhados de Kercilene, o jornalismo visitou salas de psicólogos, dentistas, assistentes sociais, lugares voltados para assistência ao presidiário. Todos os atendimentos são previamente agendados por agentes penitenciários.
Na horta do presídio, o contato com as primeiras histórias. Pessoas que sem a liberdade das ruas, buscam pela ressocialização. Um presidiário preso há mais de um ano conversou com o Super Canal. Desde que chegou ao presídio se interessou em trabalhar nas plantações da horta, e hoje vive com o pensamento positivo de que quando estiver lá fora, tudo será diferente. “Creio que vou sair daqui e vou ser muito feliz. Os trabalhos que faço aqui me fazem muito bem”, afirma o presidiário.
E ao longo da visita foi possível perceber que não é somente um presidiário que sonha com a recuperação. Da horta para o setor de reciclagem. Aqui os presos separam cada tipo de lixo na cor exata e depois desenvolvem importantes trabalhos de reciclagem. Eles também não podem ser identificados, mas com bom astral eles conversaram com a nossa equipe. Um deles afirmou que gosta de trabalhar dentro do presídio e espera ansioso pela liberdade que provavelmente vai chegar em julho deste ano. Mesmo sem mostrar o rosto, nossa equipe pode presenciar olhares de esperança, de dias melhores. “Sair, trabalhar e criar uma família”, afirma um dos presidiários quando questionado pela jornalista Milena Martins como seria a vida fora do presídio.
No refeitório é o lugar onde a comida de presidiários e de todos os funcionários do presídio é preparada. No cardápio de hoje, arroz, feijão, legumes, carne e salada que é servida em uma marmita separada. A nutricionista Larisa Meire é quem coordena como será alimentação dos presos. E tudo tem que ser muito bem elaborado, onde a saúde e higiene são priorizadas.
E no refeitório também tem lugar para eles trabalharem. Lavam louças, limpam o chão. Mas antes do almoço também foi preciso conhecer o cotidiano de outro presidiário. Ele é o responsável do setor de lavanderia. Enquanto organiza as roupas de todos os presos, sonhos também são alimentados. “Sair daqui e viver uma vida digna”, sonha o preso.
Foi assim a primeira visita ao presídio de Caratinga. E kersilene garante que os projetos da diretoria do presídio vão além. Futuramente, produtos de artesanato feitos pelos presos, poderão ser expostos para a população. Kersilene também explica que o maior objetivo deste ano será oferecer melhor assistência as famílias dos presos. Tudo pela recuperação. Tudo para que eles se despeçam do presídio, para não mais voltar.
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