DEL REY CALÇADOS CARATINGA

DEL REY CALÇADOS CARATINGA
DEL REY CALÇADOS RUA RAUL SOARES 40 EM CARATINGA TELEFONE 3321-1437

SUPER CABO TV CARATINGA

SUPER CABO TV CARATINGA
SUPER CABO TV CARATINGA 3322-7799

CANTOR ZHEN (CARATINGA)

CANTOR ZHEN (CARATINGA)
CANTOR ZHEN (CARATINGA)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Moradores de bairros de Atibaia só conseguem visitar as casas de barco

As fortes chuvas que atingiram Atibaia, no interior de São Paulo, nos últimos dias obrigaram moradores de algumas regiões da cidade a deixar as suas casas e a se abrigar na casa de amigos ou alojamentos da prefeitura. Como em alguns bairros, como o Parque das Nações, a água ainda não baixou, a única opção é visitar a casa com a ajuda de barcos da Defesa Civil.

O G1 acompanhou a balconista Fernanda Ivy Ferreira Pracídio, de 28 anos, e ajudante de serviços João Higor Félix, de 20 anos, em uma visita a suas casas com a ajuda de um barco da Defesa Civil. Fernanda ficou emocionada. “Vendo a minha casa como está, a gente só pode chorar e rezar para Deus enviar essa chuva para quem está precisando”, disse.

A balconista está desde o dia 3 de janeiro com a sua mãe, a irmã e o filho em um alojamento organizado na escola municipal Teresa Marcília, também visitado pelo G1 na tarde desta quarta-feira (12). Embora tenha conseguido salvar uma TV e a geladeira, o medo de que a água volte a subir ainda persiste. “Eu e minha mãe deixamos as crianças dormindo e ficamos acordadas à noite. Nós vimos imagens de como a água subiu rápido em outros bairros e temos medo de que aconteça a mesma coisa por aqui”, declarou.

João Higor também foi com a mãe para o mesmo abrigo no dia 3 de janeiro. Na segunda-feira (10), apesar das recomendações das autoridades para continuarem no abrigo, eles voltaram para casa e fizeram uma limpeza no local. Poucas horas depois, no entanto, eles tiveram que voltar para o abrigo porque a chuva provocou novamente a elevação do nível da água. “É horrível isso. Moro aqui desde os 5 anos. No ano passado perdemos tudo. Neste ano ainda deu para salvar as coisas. Isso não existe”, afirmou.
Quem ainda insiste em ficar em casa precisou adaptar a rotina, caso de João da Silva Parahiba, de 66 anos. Como a água não atingiu os quartos da sua residência, ele, o filho, a nora e um neto de apenas 15 dias não abandonaram o imóvel. A água subiu a primeira vez no dia 3 de janeiro e a segunda vez na última segunda-feira. Quando sua casa está alagada, ele sai pela manhã e fica em uma ponte de onde pode observar a sua casa à distância. “Não dá para fazer nada. Eu saio de manhã e só volto à noite para dormir. Vou ficar o dia inteiro dentro do quarto? Aqui sempre aparece alguém para conversar”, afirmou.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Atibaia, devido à chuva de segunda-feira, quando em cinco horas foram registrados 160 mm de precipitação, os bairros Parque das Nações e Caetetuba, que estão na várzea do Rio Atibaia, continuam embaixo d´água. O rio está 1,2m fora da sua calha. As regiões costumam inundar, mas não nessa proporção. Já os bairros Jardim Brasil e Estância Lince sofreram com uma enxurrada devido à elevação do nível dos córregos afluentes do Rio Atibaia. Nessas regiões, os moradores estavam limpando as casas e tentando recuperar seus pertences.

A Defesa Civil só irá divulgar o balanço de quantas pessoas tiveram que deixar as suas residências e quantos resgates foram feitos nesta quinta-feira (13). Na Escola Municipal Teresa Marcília, 28 pessoas passaram a noite de terça para quarta. Não há estimativas de quantas pessoas precisaram da ajuda dos barcos para deixar as suas casas nos últimos dias. A prefeitura decretou situação de emergência na última terça. O decreto deve vigorar por um prazo de 90 dias, mas pode ser prorrogado por até 180.


Nenhum comentário:

Postar um comentário