A reunião desta terça-feira (15/03) na Câmara Municipal de Caratinga contou com a presença do secretário de administração e recursos humanos, Enoque Batista. Em audiência pública, ele apresentou dados, alguns números e projetos. O secretário falou por cerca de uma hora sobre as atividades da pasta.
Por algumas vezes o que estava escrito na tela de apresentação demonstrou um conflito com a realidade atual. Exemplo, no discurso projetos de valorização aos servidores, cursos, qualificação. Em determinados setores, na prática, a situação é de corte de gratificações, como no caso dos profissionais do centro Odontológico de Caratinga. A questão foi tema de discussão.
Segundo o secretário o corte foi necessário, tendo em vista um acordo antigo, ainda na gestão do ex-prefeito Dário Grossi. O impasse está na situação irregular e em uma questão denominada por Enoque como jusitiça. “Precisamos ser justos, houve diminuição de carga horária de trabalho e, portanto, os cortes também fora m necessários”.
O presidente da Câmara, o vereador João Roberto Leodoro, o Mestre, discordou e explicitou que a medida sem justificativas plausíveis vem acarretando problemas no setor. Contrariando o conceito de tantos projetos apresentados pelo secretário durante o discurso, a ação da Prefeitura provoca o desestímulo da classe. Para o presidente a questão deve ser novamente discutida.
A situação atual do cemitério São João Batista foi outro ponto de questionamento. Em maio de 2009, o secretário prometeu uma ampla organização e planejamento estratégico para o local, que já na época enfrentava o problema da superlotação. Até março de 2011, pouco ou praticamente nada mudou. Enoque destacou que o município não possui recursos para a construção de um novo cemitério, o que geraria um custo em torno de 8 milhões de reais.
Em seguida, justificou a ausência de projetos alternativos pela tentativa incessante de conseguir parcerias com empresas. Em determinado momento alegou que está sendo feito um estudo ambiental. Mas o secretário afirmou que o bom resultado adquirido até o momento foi o de aumentar as arrecadações em campanha de conscientização de pagamento do alvará. De R$ 12 mil, a Prefeitura passou a arrecadar R$ 83 mil mensais.
Por mais uma vez, moradores do bairro Dr. Eduardo estiveram presentes em reunião em busca de uma resposta do secretário sobre a construção de casas populares. Mas a expectativa foi frustrada, o que provocou a saída imediata dos representantes tão logo o secretário terminou o pronunciamento sem responder a questão. Após a audiência pública, Enoque se esquivou da imprensa, escoltado por assessores, se recusando a responder aos questionamentos da imprensa. Sobre os projetos para 2011, nenhum despertou a atenção dos legisladores para um debate mais aprofundado.
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