O empreiteiro Sebastião Maximinio do Santos, que estava desaparecido há 53 dias, foi sequestrado, torturado e queimado dentro de pneus de carro em um método conhecido como micro-ondas, de acordo com informações da Polícia Civil.
Segundo a polícia, o corpo do empreiteiro foi encontrado nessa segunda-feira (21) em um local que é conhecido como abatedouro de animais, que fica na zona rural entre as cidades de Ravena e Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com a delegada Cristina Cicarelli, o corpo foi encontrado em estado avançado de carbonização e a identificação do mesmo só foi possível após um exame de DNA por meio dos ossos do empreiteiro e a consecutiva comparação com o exame de DNA do filho da vítima.
Apesar de ter desaparecido no dia 9 de janeiro, a família do empresário só registrou ocorrência do desaparecimento do empreiteiro no último dia três de março. Segundo a polícia, o motivo para a demora da família em procurar a polícia foi o fato de que os dos funcionários de Maximinio, um pedreiro de 49 anos, teria assumido a vida dele. De acordo com a delegada, o pedreiro ligada para a família da vítima e dizia que, a pedido dela, ele estava administrando todos os seus bens, já que o empreiteiro havia viajado para o Paraná, onde foi mexer com negócios relacionados à fazendas.
Ainda de acordo com a delegada, o empresário não tinha uma relação muito próxima com os seus familiares e tinha o hábito de ligar apenas para a sua mãe, o que facilitou para que todos acreditassem na versão do pedreiro.
Em relação a data da morte do empreiteiro, a polícia acredita que ele foi assassinado entre os dias 19 e 20 de janeiro. No corpo carbonizado do empresário, os policiais encontraram fios de cobre, que estavam enrolados no crânio da vítima. Possivelmente, o empreiteiro morreu asfixiado, o que indica que ele não foi queimado vivo.
Já em relação ao pedreiro que assumiu a vida da vítima e está preso desde o dia 10 de março, a delegada disse que ele não assumiu qualquer envolvimento com o crime e reafirmou que estava apenas administrando os bens da empreiteiro como contas bancárias e imóveis.
Conforme a Polícia Civil, outras dez pessoas podem estar envolvidas no caso, além do pedreiro e do delegado aposentado da Polícia Civil da cidade de Mateus Leme, que já foram apontados como os principais suspeitos.
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