Pelo menos cinco pessoas foram presas em Minas Gerais durante a “Operação Ilusão de Ótica”, chefiada pela Polícia Civil do Paraná. De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública daquele estado, os mandados de prisão e busca e apreensão vem sendo cumpridos no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Minas. Entre os detidos, tudo indica que está a filha de um empresário da uma grade rede de óticas em Belo Horizonte. Os envolvidos são acusados de um esquema de contrabando que funcionava há dez anos e teria gerado prejuízo de R$ 50 milhões aos cofres públicos.
Até o início da tarde, foram presos nos quatro estados 16 suspeitos, sendo quatro em Paranavaí, sete em Curitiba e cinco em Minas Gerais. Cerca de 100 mil peças de óculos, fuzis e granadas foram apreendidos. As investigações feitas durante cinco meses pela Delegacia de Estelionato e Desvios de Cargas (DEDC) e apontaram que as redes de óticas de Curitiba e Belo Horizonte receptavam mercadorias de origem chinesa, que entravam no Brasil pelo Paraguai. As redes são acusadas de adulteração de notas fiscais para legalização dos produtos e sonegação do imposto de renda.
Ainda conforme as investigações, a quadrilha era chefiada por um ex-deputado federal de Minas Gerais, que também já ocupou o cargo de presidente da Câmera de Dirigentes Lojistas (CDL) de Belo Horizonte. A assessoria da instituição informou que ele deixou a presidência há muitos anos. Ainda conforme a polícia paranaense, funcionários e familiares do chefe da quadrilha seriam laranjas de empresas de fachada.
Os envolvidos serão indiciados por receptação de carga de origem ilícita, formação de quadrilha, falsificação de documentos público e particular, lavagem de dinheiro, estelionato, sonegação fiscal, ameaça, corrupção, adulteração e comercialização de produtos nocivos à saúde, comunicação falsa de crime, apropriação indébita e fraude previdenciária.
O delegado-chefe DEDC, Cassiano Aufiero, informou que as investigações vão prosseguir em busca de mais envolvidos. Ele informou que há a possibilidade de que ex-funcionários públicos federais e estaduais tenham se envolvido para facilitar a sonegação fiscal. Somente no Paraná, a operação contou com a participação de 200 policiais civis.
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