A Prefeitura de Três Marias, na região Central de Minas Gerais, passou por uma operação de busca e apreensão do Ministério Público Estadual (MPE) nesta terça-feira (19), após suspeitas de irregularidades no pagamento de salários de servidores públicos municipais, denunciadas pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Três Marias.
O sindicato dos servidores públicos denunciou ainda que, além das irregularidades, informações dos servidores teriam sido apagados dos computadores oficiais para encobrir a fraude. De acordo com a Polícia Militar, o prefeito de Três Marias teria confirmado a sabotagem nos computadores e a existência alguns salários incompatíveis com os cargos.
A secretária de administração do município, uma enfermeira, uma outra funcionária do hospital da cidade e a chefe do recursos humanos da prefeitura, que também seria filha do presidente da Câmara de Vereadores de Três Marias, estariam envolvidas no esquema.
A enfermeira teria contado, em depoimento, que foi contratada em 2009 para receber R$ 2 mil, mas que, após três meses, uma funcionária do hospital teria a chamado para participar do esquema de emissão de contracheques adulterados. A diferença dos salários pagos a mais, segundo a enfermeira, era dividida entre as duas e também com uma irmã da funcionária que propôs a fraude, ainda de acordo com os militares. Segundo a enfermeira ela recebeu, pelo menos, R$ 93 mil indevidamente,até janeiro deste ano.
Prestadores de serviços do poder municipal também foram alvos da operação, como uma empresa de informática, com sede na capital mineira e um instituto de previdência do município.
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