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terça-feira, 31 de maio de 2011

'Era a única coisa que tinha na vida', diz pai de menino morto após cirurgia


“Ele era meu único filho. Era a única coisa que eu tinha na vida”, lamentou Márcio Anderson, pai do menino de três anos, morto após cirurgia realizada na segunda-feira (30) no Hospital Samci, no Andaraí, na Zona Norte do Rio. Bastante emocionado e sob o efeito de remédios, o pai da criança reclamou da falta de assistência do hospital.
Ele foi internado para duas cirurgias consideradas simples – de adenóide, para melhorar a respiração, e de fimose – mas acabou morrendo horas depois. O menino será enterrado nesta terça-feira (31) às 17h, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste. A polícia investiga o caso.

“Ninguém deu atenção para a gente no hospital. Ninguém falava nada”, disse. Ainda segundo ele, a família chegou a ser chamada por alguns médicos. “Chegou um determinado momento que uma das pessoas que participou da cirurgia do meu filho nos chamou lá em cima para conversar e disseram na nossa cara que não sabiam explicar o que tinha acontecido”, afirmou.

Procurada pelo G1, a direção do Hospital Samci afirmou que não vai se pronunciar.

Pai acusa médicosMárcio declarou ainda que, a princípio, os médicos disseram que o menino havia tido uma parada respiratória provocada pela ingestão de uma secreção. Para ele, o acompanhamento médico não foi adequado.
“Ele saiu da cirurgia e dormiu desde então. Não sei se meu filho acordou, não sei nem se ele abriu os olhos”, disse com a voz embargada, acrescentando que a mãe do menino passou o dia inteiro ao lado da criança. “A enfermeira falou para ela que era normal (ele dormir) devido a anestesia e que seria bom por causa das dores”, contou ele.
Segundo o pai do menino, a médica que participou da cirurgia não estava no hospital na hora do óbito. "A médica que tinha operado tinha saído do plantão para poder cumprir outro plantão em um outro hospital. Ela saiu com tanta pressa que nem o óbito do meu filho conseguiu aprontar. Tivemos que enviar uma equipe médica até o outro hospital para que ela pudesse assinar o atestado de óbito do menino", reclamou.

Constrangimento
Após saber da morte do menino, o Márcio se dirigiu à 19ª DP (Tijuca). Segundo ele, ainda durante a noite de segunda-feira (30), o delegado foi ao hospital, mas não conseguiu falar com nenhum representante.
O pai contou ainda que o delegado pediu para que uma perícia fosse realizada no corpo do menino para diagnosticar a causa morte. “Estamos passando um constrangimento grande, meu filho já tinha ido para a funerária, ele teve que voltar para fazer a perícia, e agora seguir de novo para o enterro”, desabafou Márcio.
Menino dormiu durante todo o dia
Seguindo a opinião de médicos de que o filho passaria por uma cirurgia normal, a mãe do menino, ex-mulher de Márcio, disse que ele não precisava ir até o hospital para acompanhar a operação. Segundo ele, a família acreditava que seria um procedimento normal, sem maiores complicações.

“Ela falou que eu podia ficar trabalhando”, disse ele. Mesmo assim, o pai manteve contato com a ex-mulher. “Entre 6h30 e 7h, ela falou que meu filho estava dormindo. Ele entrou para a cirurgia entre 8h e 8h30, e saiu por volta das 9h. Saiu dormindo e continuou dormindo no quarto o dia todo”, contou.

Márcio disse ainda que por volta das 17h ligou para o quarto, mas ninguém atendeu, o que o deixou preocupado. “Liguei para o celular e quem atendeu foi o companheiro da mãe do menino. Ele disse que a situação do menino tinha se complicado, que ele tinha tido um problema respiratório e que era para eu ir para o hospital”, disse ele.

Pouco tempo depois, em um novo telefonema, Márcio soube da morte do filho. “No meio do caminho ele pediu para eu chegar rápido porque eu tinha perdido meu filho. Cheguei ao hospital atordoado”, desabafou.

Justiça
A família agora analisa a possibilidade de entrar na Justiça contra o hospital. “Meu sentimento é de justiça. Quantas vezes mais vamos ter que perder crianças dessa forma?”, indagou Márcio.

O advogado da família já foi acionado e está estudando o caso. Segundo William Rodrigues, a prioridade por enquanto é lidar com os trâmites do enterro da criança. Depois, com a revelação da causa morte, a família vai decidir o que fazer.

Rodrigues disse ainda que pretende pedir ao hospital cópias do prontuário do menino, além do risco cirúrgico da operação e outros registros que indiquem a situação médica da criança.
“Meu filho passou por um check-up médico. Passou por outros médicos que não eram médicos do hospital e eles não identificaram nada no meu filho. Ele estava pronto para a cirurgia”, finalizou o pai.

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