As duas escutas foram autorizadas pela Justiça. No caso da Jus Postulandi, Marcello aparece como um estelionatário que prometia alvarás de soltura, sem concretizar a negociação. No caso da noiva de Bruno, ele se coloca como um amigo da juíza de Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, Maria José Starling - Ingrid acusa a magistrada de ter proposto a venda do alvará por R$ 1,5 milhão.
Comparação. O pedido de perícia nas escutas foi feito ontem pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas. O delegado de Divinópolis, Daniel Souza, disse que, se ficar comprovado que havia mesmo um esquema de venda de alvarás envolvendo Marcello e a juíza de Esmeraldas, o jogador e sua noiva podem responder por corrupção. "No entanto, se ficar provado que, no caso do Bruno, o Marcello tentava dar um golpe, ou seja, prometia a liminar, mas não conseguia, o goleiro e a noiva seriam vítimas", explicou o policial federal. Até agora, como parte da investigação de Divinópolis, Marcello foi indiciado por estelionato. Segundo o delegado, o advogado já responde a outros dois processos por estelionato e interceptação.
Na ligação que o advogado paulista fez à Ingrid, eles se falaram por 22 minutos. O advogado dizia ter bons relacionamentos em Brasília e deu conselhos à dentista para conseguir o alvará de Bruno - ele está preso há mais de um ano acusado de sequestrar e matar a ex-namorada Eliza Samudio.
Procurado pela reportagem, Marcello não atendeu às ligações.
OUÇA CONVERSA DE MARCELLO COM INGRID:
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